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Usher, Led Zeppelin e Nick Cave estão nos "Lançamentos da Semana"
26/09/2016 16:40 em Música

Usher - Hard II Love

Usher é seguramente um dos artistas que ajudaram a renovar a música negra dos EUA, desde o momento em que explodiu em meados dos anos 90, ainda adolescente, passando pelos bem sucedidos trabalhos lançados na década passada, o cantor conseguiu aliar de forma mais do que digna o seu lado mais comercial com o artístico.
Essa sua caracerística é novamente comprovada nesse "Hard II Love", seu oitavo disco de estúdio, que chega ao mercado quatro anos depois de "Looking 4 Myself".
O trabalho mostra que o artista andou bastante atento ás últimas novidades do soul e R&B - especialmente aquele feito por gente como Miguel, The Weeknd e Drake. Isso não significa que esse é um daqueles discos de artista veterano (lembrando que apesar de toda essa estrada ele ainda não chegou aos 40 anos) tentando correr atrás da última moda para não perder público (algo que, de resto, quase nunca dá muito certo).
O que se escuta aqui é um artista que conseguiu criar um estilo próprio e reconhecível e que sabe fazer uso de outras sonoridades de forma a modernizar sua música e mantê-la sempre interessante, sem descaracterizá-la.
Ouça "Rivals (feat. Future)" com Usher presente no álbum "Hard II Love"

 

 

Led Zeppelin - The Complete BBC Sessions

Quando foi lançado originalmente, em 1995, 14 anos depois do fim da banda, o CD com as gravações que o Led Zeppelin fez para a BBC em 1969 e 1971 foram uma grande revelação.
Afinal finalmente era possível ouvir, oficialmente claro, gravações ao vivo do começo da banda e um ambiente mais íntimo - ao contrário do disco duplo oficial do quarteto, "The Song Remais The Same", que os flagrava já como uma mega-banda que se apresentava apenas em arenas e estádios. O lançamento também serviu para deixar os fãs ainda mais sedentos por mais material de arquivo.
Verdade seja dita, o guitarrista, e mantenedor do legado, Jimmy Page, não "abusou" muito do seu público nos anos que se seguiram - limitando-se a a disponibilizar um DVD e um CD duplo ao vivo, além de algumas coletâneas.
Há dois anos ele finalmente remasterizou toda a obra da banda, que foi relançada com material extra. E agora chegamos a essa nova edição das "BBC Sessions". Em sua primeira encarnação, o álbum era um CD duplo, com três sessões de 1969 no primeiro disco e um show gravado em 1971 para uma pequena, e sortuda, plateia no segundo.
Por questões de espaço, e também para evitar a saturação, nem tudo o que eles tocaram acabou entrando no álbum.
Mais importante, uma outra sessão - também de 1969 - ficou de fora pelo simples motivo da BBC tê-la apagado de seus arquivos.
Tida como perdida para sempre, a tal sessão acabou sendo encontrada, ainda que de forma precária - ao que tudo indica, a única cópia localizada foi a de uma gravação feita em cassete gravado de uma rádio AM. assim, é óbvio que a qualidade técnica dela não é das melhores, e, sinceramente, as versões de "I Can't Quit You Baby" e "You Shook Me" não acrescentam muito ao legado do grupo.
Por outro lado nesse dia eles tocaram uma canção que jamais foi gravada por eles. "Sunshine Woman" não é nenhuma obra-prima perdida, mas é uma boa faixa - um blues pesado com piano e solos de harmônica.
Além dessa sessão, o disco bônus junta as faixas que ficaram de fora do lançamento original, de forma que agora podemos ouvir cinco versões de "Communication Breakdown" ou três de Dazed And Confused". Ainda que pareça exagerado, lembre-se que estamos falando de uma das maiores bandas de todos os tempos, o que justifica esse "upgrade" que foi dado no disco.
Veja o clipe de "What Is And What Should Never Be" feito para marcar o relançamento

 

Nick Cave & The Bad Seeds - Skeleton Tree

Com quase 40 anos de carreira, 32 deles liderando os Bad Seeds, o australiano Nick Cave é há tempos, um dos artistas de maior prestígio da música popular contemporânea.
Por décadas visto como um nômade - ele morou em São Paulo em meados dos anos 90 - de tendências perigosamente autodestrutivas, o cantor nunca teve problema em tratar do lado mais escuro da alma em suas densas canções.
Nos últimos anos, o músico parecia ter encontrado a felicidade em um casamento sólido com dois gêmeos.
Até que, em mais uma daquelas tragédias das quais ninguém está imune, um dos seus filhos morreu depois de cair de um penhasco - segundo os relatórios Arthur, de 15 anos, havia ingerido LSD pela primeira vez na vida antes da queda.
"Skeleton Tree", com apenas oito faixas e cerca de 40 minutos, é o disco em que ele tenta lidar com a perda, exteriorizando seus sentimentos.
O disco, como esperado, é triste, soturno e difícil, ainda que nunca mórbido. Ao invés das baladas ao piano, ou de canções pesadas influenciadas pelo blues, o Nick Cave que surge aqui é bem diferente. A presença dos Bad Seeds é discreta, e o acompanhamento aqui é, na falta de melhor termo, abstrata.
As melodias também são discretas, e muitas vezes o artista prefere declamar as letras a cantá-las sob uma base que mistura instrumentos eletrônicos, clima lo-fi com piano e climas orquestrais.
Ou seja, estamos diante de um disco difícil, mas de inegável beleza. O público certamente percebeu isso - o álbum chegou ao top 3 de oito países (no Reino Unido ele está na segunda posição há duas semanas) e ficou no 27° posto nos EUA, seu melhor desempenho na parada da Billboard em toda sua longa carreira.
Ouça "I Need You" com Nick Cave & The Bad Seeds presente no álbum "Skeleton Tree"

 

 

  FONTE: https://www.vagalume.com.br/news/2016/09/24/usher-led-zeppelin-e-nick-cave-estao-nos-lancamentos-da-semana.html

 

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